O debate desta noite pareceu uma discussão no Mercado de Arroios (ou no Mercado mais próximo de vós). Vimos Louçã a tratar Sócrates por "Eng. José Sócrates" (mais do que se calhar eu faria) e este a chamar a Louçã "Ó Francisco Louçã". Parece que hoje em dia os "falsos Engenheiros" são mais que os professores catedráticos, jubilados e doutorados, despromovidos para "Ó tu".
Em primeiro lugar há que destacar que mais uma vez, José Sócrates fez o papel de moderador e a interrompeu a suposta moderadora, Judite de Sousa. Para a próxima é melhor exclui-la ou então limitamo-la à observação e aos sorrisinhos habituais para o Eng.
Quando Louçã pegou na questão da poupança e dos certificados de aforro, Sócrates tentou atacar Louçã com o estudo que fez para o debate. Só que a coisa não correu tão bem quando Louçã explicou o contexto da proposta.
Como se não fosse suficiente, Sócrates defende o investimento público agora, para assegurar que haja emprego...e que sejam os sucessores a lidar com a dívida pública.
Quanto à Educação, Louçã apresentou propostas concretas, enquanto Sócrates se ficou por um "mau, grave" e generalidades.
The grand finale:
Louçã relembrou o que se passou em Seia. Sócrates achou-se vitimizado e acusou Louçã de tentar atacar o PS. Já a meio do debate queria fazer acreditar que Louçã estava a atacá-lo pessoalmente em vez do Governo. Mas, o Eng. José Sócrates não faz parte do Governo? Não o representa? Aparentemente só se representa a si próprio.
Quanto ao final de José Sócrates, o PM escolheu finalizar o debate aproveitando para criticar Manuela Ferreira Leite no episódio que se passou na Madeira, já que é um assunto muito mais interessante que o investimento público, a educação ou a saúde.
Enfim, mais um debate medíocre de Sócrates com o líder do BE claramente a marcar vantagem. Com debates tão pobres e onde a demagogia é o pão nosso de cada dia, mais vale nem ligar a TV.