Mais interrogações sobre o caminho socialista.
Como se não bastasse a Censura bater, novamente, à porta dos Media, vim a constatar que os aparentes partidos de esquerda, frequentemente apelidados de alternativos ao poder cíclico, não trazem nada de novo ao país - nem esperança, nem novas ideias.
Um debate bastante pobre. A única riqueza que encontrei foi em demagogia. Jerónimo perdeu votos de esquerda ao demonstrar que já não consegue desenvolver um discurso articulado e coerente, representando um partido que afirma acreditar numa democracia pluripartidária, quando historicamente o PCP alinhava num regime totalitário de partido único. Louçã que poderia ter demonstrado um discurso contundente, que afirmasse melhor as diferenças entre o BE e o PCP, não soube aproveitar o tempo de antena para fazer a demarcação do seu partido em relação ao PCP, demonstrando inclusivamente uma grande admiração pelos deputados do PS.
Quanto à TVI, como diria Mário Crespo, "José Eduardo Moniz fez a TVI e Manuela Moura Guedes era uma parte poderosa da estação. Com o desagrado que receberam, o certo é que eles estão corridos deste universo mediático". A verdade é que foi este o fim esperado, quando Moniz foi afastado da TVI, por mais confortável que ficasse.
Por mais discutível que fosse os estilo jornalístico da TVI e de Manuela Moura Guedes, o certo é que fará falta a sua irreverência, a que habituou o povo português. Aliás é aos portugueses, com o telecomando, a quem compete fazer a análise da situação. Não custa nada carregar num botão e mudar de canal.
É uma perda, por uma questão de qualidade e simbolismo para mim: Liberdade e pluralismo, pilares da Democracia!
Outra curiosidade com que fico a arder é sobre o trabalho jornalístico que seria apresentado na sexta-feira...o muito escaldante caso Freeport, com o nosso mediático PM...
Enfim... Não percam o próximo episódio, porque nós também não!