8.9.09

 

 

O debate desta noite pareceu uma discussão no Mercado de Arroios (ou no Mercado mais próximo de vós). Vimos Louçã a tratar Sócrates por "Eng. José Sócrates" (mais do que se calhar eu faria) e este a chamar a Louçã "Ó Francisco Louçã". Parece que hoje em dia os "falsos Engenheiros" são mais que os professores catedráticos, jubilados e doutorados, despromovidos para "Ó tu". 


Em primeiro lugar há que destacar que mais uma vez, José Sócrates fez o papel de moderador e a interrompeu a suposta moderadora, Judite de Sousa. Para a próxima é melhor exclui-la ou então limitamo-la à observação e aos sorrisinhos habituais para o Eng.


Quando Louçã pegou na questão da poupança e dos certificados de aforro, Sócrates tentou atacar Louçã com o estudo que fez para o debate. Só que a coisa não correu tão bem quando Louçã explicou o contexto da proposta.


Como se não fosse suficiente, Sócrates defende o investimento público agora, para assegurar que haja emprego...e que sejam os sucessores a lidar com a dívida pública.


Quanto à Educação, Louçã apresentou propostas concretas, enquanto Sócrates se ficou por um "mau, grave" e generalidades.


The grand finale:


Louçã relembrou o que se passou em Seia. Sócrates achou-se vitimizado e acusou Louçã de tentar atacar o PS. Já a meio do debate queria fazer acreditar que Louçã estava a atacá-lo pessoalmente em vez do Governo. Mas, o Eng. José Sócrates não faz parte do Governo? Não o representa? Aparentemente só se representa a si próprio.

 

Quanto ao final de José Sócrates, o PM escolheu finalizar o debate aproveitando para criticar Manuela Ferreira Leite no episódio que se passou na Madeira, já que é um assunto muito mais interessante que o investimento público, a educação ou a saúde.


Enfim, mais um debate medíocre de Sócrates com o líder do BE claramente a marcar vantagem. Com debates tão pobres e onde a demagogia é o pão nosso de cada dia, mais vale nem ligar a TV.



 

LinkUma ideia de Essi Silva, às 21:01  Opinar

De Diogo Agostinho a 9 de Setembro de 2009 às 09:42
O debate foi muito vivo. E muito duro. São pessoas que não se conseguem entender. Sócrates ao seu estilo, Louçã com uma argumentação paroquial, é de facto perigoso. As suas ideias arrepiam e deixam qualquer um de cabeça louca. Nacionalizar?

Como diria Portas, o PCP e o BE são: Eu nacionalizo, Tu nacionalizas, Ele nacionaliza, Nós pagamos a factura!

De Sr. Anónimo a 9 de Setembro de 2009 às 12:15

"mais um debate medíocre de Sócrates com o líder do BE claramente a marcar vantagem". Queira desculpar, Sra. Essi Silva, mas até os analistas políticos, no debate Portugal 2009, com Mário Crespo, consideram que, neste debate, Sócrates ganhou por larga vantagem.

Efectivamente, Sócrates consegue avaliar o Socialismo do Bloco de Esquerda como extremista, reaccionário, etc. Tudo verdade. O BE defende uma política à lá Fidel. Uma política não autorizada pela União Europeia. Uma política comunista, mas de acordo com a velha escola.

José Sócrates deixou Louçã muito atrapalhado. Adaptou o seu debate ao estilo de Louçã. Falar explicitamente do programa eleitoral do outro e arrasá-lo.

O debate não foi uma discussão à Mercado de Arroios. Foi o primeiro debate interessante, para além do de Ferreira Leite VS Louçã. Claro que quer Louçã, quer Sócrates, desrespeitaram as regras do debate. Mas houve assuntos que não podiam deixar de ser falados.

De Essi Silva a 9 de Setembro de 2009 às 23:02
Não percebeu a analogia. Experimente ir a um mercado e veja pelos seus próprios olhos duas pessoas convictas que têm razão mas que no fundo não têm razão nenhuma.

Tem razão no aspecto que Sócrates deixou Louçã atrapalhado sim, mas não avaliei o debate no aspecto da oratória mas sim no conteúdo.

Quanto a um debate duro, sem dúvida. Mas talvez seja meu defeito esperar mais dos debates. Até agora não houve nenhum que tenha merecido maior destaque para mim (tirando o da Dra. Ferreira Leite com o Dr. Louçã)

De Maria a 9 de Setembro de 2009 às 15:04
Gostei Essi! Traduziste perfeitamente a minha opinião acerca da peixeirada da noite passada!
Penso que o relevante do debate não se prende com "quem ganha e quem perde", mas sim o rumo que tomou. Defacto O José Sócrates mostrou claramente o seu fascínio pelo circo, já que foi nisso que ele tornou um debate de natureza política e supostamente civilizado. Realço o tratamento que o "Engenheiro" deu ao seu oponente ou mesmo à moderadora do debate, que nada de educado teve, foi rude e mostrou uma enorme falta de paciência e desrespeito, já que o senhor não conseguia "calar a matraca" para deixar falar quem quer que fosse. Conduziu o debate a seu bel-prazer.
Achei também curiosa a seguinte frase deixada pelo Eng. Sócrates : " Nós fomos o Governo que mais combateu a fraude e a evasão fiscal". Será?

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