A sabedoria da filosofia graga deixou-nos um legado que não podemso esquecer: a lição de que se os bons se abstiverem de participar na vida política, seremos dominados, liderados pelos maus, pelos mais medíocres da "pólis", da cidade, da colectividade.
A verdade é que Portugal se confronta com uma das páginas mais trágicas da sua história do pós - 25 de Abril. É certo que, em termos económicos, o nosso país sempre se defrontou com dificuldades estruturais, decorrentes da sua tardia modernização e especialização económica. É certo que o problema das finanças públicas não é de hoje, agravado - há que dizê-lo -pela loucura voluntarista e irresponsabilidade dos socialistas, liderados pelo homem do Pântano (Guterres). Todavia, a crise que vivemos não é só uma crise económica ou essencialmente uma crise financeira, decorrente da crise internacional. Essa é a visão deturpada da realidade que tanto apraz a Sócrates, que a utiliza como manobra de diversão para esconder as suas fragilidades e a sua enormíssima incompetência. O pior é que enfrentamos uma crise de valores, uma crise que põe em causa o próprio fundamento democrático das instituições políticás. Este é para mim a pior herança que Sócrates vai deixar quando " morrer" politicamente em Setembro - a de que, através de uma política de subsídios, de utilização do património do Estado para condicionar os empresários, da cunha a camaradas de partido para ocupar determinados cargos, de utilização de grupos económicos para tomar de assalto grupos de comunicação social hostis ao governo, se pode atrofiar a sociedade civil. Sócrates durante quatro anos não teve um projecto para o nosso futuro colectivo - teve um projecto de poder pessoal que partilhava com o núcleo duro do PS.
Sei que este balanço é muito negativo e muito pesaroso. Mas é a realidade: não nos iludemos, este é rigorosamente o state of the art. Não nos podemos conformar com o estado a que o país chegou. Precisamos mais. Queremos muito mais. E, se há grupo social que nunca se deixou vergar perante a máquina de poder socialista, foram os jovens. São os jovens que com a sua irreverência, dinâmica e inconformismo podem transformar, renovar, criar algo de novo. Como? estimulando o pensamento e discussão política, cultivando a intervenção cívica e o sentido de responsabilidade para com o outro. Por isso, é que sinto honrado de pertencer à Secção B da JSD/Lisboa! Porque, enquanto outros preferem discutir os lugares para a lista de não sei quê, enquanto gastam energias e esforços a trazer (e a inventar!) militantes acriticamente só para fazer número, na B encontrei um espaço de reflexão, de troca de ideias e acção política, no sentido nobre do termo.
Esse é o compromisso da seccão B - não se conformar com a perda de vitalidade da democracia fruto da governação de Sócrates, não abdicar do seu pensamento e linha de actuação política para fazer fretes políticos a A, B ou C:
Caros companheiros, sejam, pois, bem-vindos ao blog da Secção B! Cá vos esperamos!